quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Desapego.

"Entre falar e vivenciar o desapego há um espaço muito grande, pois ele mexe bastante com nossas emoções, deixando-nos vulneráveis e emotivos. Sim, não é fácil sairmos de nossa rotina, da sintonia com quem convivemos e nos lançarmos em situações diversas daquelas com as quais estamos acostumados, de afastarmo-nos de nosso “chão” e aconchego; ficamos como que perdidos e nos sentindo assim que nem um peixe fora d’água.
Mas chega um momento na vida em que é necessário reconhecer que a mudança é imprescindível, pois as circunstâncias atuais não são mais condizentes com nosso modo de ser e sentir e nem favorecem mais o nosso desenvolvimento, seja ele espiritual, material, intelectual, enfim, que não nos beneficia mais em todos os sentidos.
A mudança, então, surge como sinônimo de renovação, incitando-nos a libertarmo-nos de tudo o que nos impossibilita de seguirmos em frente, no caminho da reestruturação de nosso ser. Essa mudança é muitas vezes uma experiência nova e ao mesmo tempo assustadora, pois vamos constatar que para seguirmos adiante em nossos propósitos de mudança, precisamos, às vezes, largar o velho para seguir o novo;, significa que vamos ter que nos despedir de situações e planos antigos, que não estão nos fazendo ir a lugar nenhum e mergulharmos em novos caminhos, novos conceitos, livrarmo-nos dos pesos extras que tanto entulham nossa vida e aprendermos a aceitar o novo com o espírito receptivo e aberto.
É verdade que o desapego, de um certo modo, olhando exclusivamente do ponto de vista anterior, nos faz “sofrer”, pois nos sentimos assim como se tivéssemos chegado onde gostaríamos de estar sempre, e descobrimos que não podemos continuar a desfrutar do que conseguimos, e que, para nosso próprio bem, precisamos libertarmo-nos de situações do passado. Mas para que isso se dê não podemos mais ficar onde estamos, pois senão vamos nos sentir desmotivados, acomodados e insatisfeitos.


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